terça-feira, 12 de maio de 2009

MATÉRIA NO vALE PARAIBANO

sAIU, NA CARTA DO LEITOR NO DIA 10 DE MAIO E NO PRIMEIRO CADERNO NO DIA 12 DE MAIO - vALEpARAIBANO- Vale a pena conferir!!! Educação especial de Talentosos e bem Dotados. Fala sobre a ASPAT e o Programa Decolar.

jOVENS dO pROGRAMA dECOLAR, fACILITADORA sILVIA,eU e mINHA fAMÍLIA nO aÇÃO jUVENTUDE!


Mais uma vez São José dos Campos sai a frente no que se diz respeito a Educação Especial de Jovens Talentos! O Decolar, programa de Educação Inclusiva da Secretaria da Educação, que tem como o objetivo, atender alunos com talento acima da média, conhecidos como “superdotado” ou até mesmo por “gênios”, já está com aproximadamente quatrocentos alunos. Estima-se que, três a cinco por cento da população tenham capacidades bem acima da média. A comunidade percebeu a importância deste investimento social e resolveu se organizar fundando a ASPAT-SJC, Associação de Pais e Amigos para o Apoio ao Talento, de São José dos Campos - e congrega pais e familiares de alunos, voluntários, professores, profissionais da Educação, bem como instituições e forças da comunidade. Acreditamos que o investimento social através da educação é uma das formas de não perder nossos jovens Talentosos para as drogas e outras armadilhas da sociedade moderna.

domingo, 3 de maio de 2009

Corpo de Augusto Boal é cremado no Rio


Dramaturgo morreu na madrugada de sábado (2), aos 78 anos.
Artistas como Ferreira Gullar e Eva Wilma prestaram homenagem.


O dramaturgo Augusto Boal, que morreu na madrugada de sábado (2), no Rio, foi cremado por volta das 15h3o, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.



Artistas e amigos do criador do Teatro do Oprimido compareceram à solenidade e prestaram homenagem a Boal. Um músico tocou ao violino a música "Meu caro amigo", composta por Chico Buarque para Boal.


O poeta Ferreira Gullar lembrou que quem mais perdeu com a morte de Augusto Boal foi o teatro. “As experiências que ele deixou para o teatro, a proposta do Teatro do Oprimido foi um batalha quixotesca. Depois do exílio, entregar a vida inteira por isso é uma coisa genial. Ele era uma pessoa muito generosa.”


O cantor Martinho da Vila, que conheceu Augusto Boal na época do Teatro Opinião. “O que mais admirava nele era a característica do seu trabalho, que era fazer com que o teatro não fosse uma coisa de elite”, afirmou o músico emocionado.


Durante a cerimônia que precedeu a cremação, muitos aplausos, choro e emoção.



Boal tinha 78 anos

Segundo informações de parentes, Augusto Boal estava internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O dramaturgo e diretor teatral tinha 78 anos e sofria de leucemia.

Boal foi fundador do Teatro do Oprimido. Em março de 2009, ele foi nomeado pela Unesco embaixador mundial do teatro.

De acordo com o hospital, o diretor foi internado no dia 28 de abril, com quadro de infecção respiratória. O motivo de sua morte foi insuficiência respiratória. Ele morreu por volta de 2h40 de sábado.



Augusto Boal foi uma das grandes figuras do teatro contemporâneo. Formado em química, estudou dramaturgia na Universidade de Columbia, em Nova York.



Cultura brasileira desfalcada
Amigos, como o diretor de teatro Aderbal Freire-Filho, o compositor Juca Chaves e a atriz Eva Wilma lamentaram a morte do dramaturgo. Para eles, o criador do Teatro do Oprimido vai fazer falta não só ao teatro, mas a também à cultura brasileira. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enviou uma nota lamentando o falecimento.




Para o amigo e diretor teatral Aderbal Freire-Filho, o dramaturgo é imortal:

“Boal foi o mestre de todos nós, é o artista que universaliza o teatro brasileiro. O reconhecimento que o teatro brasileiro pode ter no exterior, e tem, começa com Augusto Boal. A qualidade, a profundidade, a humanidade do teatro dele que possibilita isso. Não por acaso seus livros são traduzidos em tantos idiomas e ele é o mestre que é. Para mim ele era um amigo querido, mestre e imortal”.



Um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, Augusto Boal nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de março de 1931. Ganhou notoriedade com seu Teatro do Oprimido, cuja proposta era transformar o espectador em elemento ativo do espetáculo. Segundo ele próprio, conceito que ensinava "as pessoas a se
inserirem na sociedade".



Líder cultural

O compositor e humorista Juca Chaves diz que, como líder cultural que era, Boal vai fazer muita falta para todo o Brasil. “Eu fiquei muito abalado porque ele foi um expoente da nossa cultura, do nosso teatro. Um líder cultural também, o que é muito importante. Vai fazer muita falta para nós todos aqui, não somente para os amigos, mas acho que para todo o teatro brasileiro. Foi uma pena, uma pena mesmo”, disse o artista.


A atriz Eva Wilma destacou o papel de Boal como um dos grandes mestres da dramaturgia brasileira e relembrou um dos momentos mais difíceis da vida dele.

“Boal pertence à primeira geração de brasileiros mestres da dramaturgia, mestres do teatro que sempre estimularam a existência de grupos teatrais, enfim de grupos culturais acima de tudo. Ele foi bastante perseguido naquele momento da censura, da ditadura, teve que viver fora do país e, portanto, usou isso em função de seu aprendizado cada vez mais intenso, cada vez mais completo. E quando retornou, já retornou mais informado e formado culturalmente. E, portanto, é uma perda no elenco de grandes dramaturgos e diretores não só teatro, mas da questão cultural no país”.



Ministro lembra ação social

Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o dramaturgo deu exemplo ao aproximar o mundo das artes cênicas da atenção dispensada aos pacientes mentais. Em nota oficial, ele lembrou que Boal aliou o teatro à ação social.



"Augusto Boal foi um símbolo, no mundo inteiro, do intelectual generoso que abre caminhos, através da arte e da coragem, para enfrentar a desigualdade que marcou, historicamente, a sociedade brasileira. Fez isso também na saúde pública, levando o Teatro do Oprimido aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Tornou protagonista do grande teatro da cena pública os pacientes mentais pobres, duplamente excluídos pelo estigma e pela pobreza. Compartilho com seus familiares e amigos o sentimento de tristeza nessa hora e a homenagem de todos nós".