domingo, 4 de novembro de 2018


Nossos cabelos já foram livres
Assim como os pássaros

Hoje a voar
Pelos vãos  de árvores esqueléticas
Conto os frutos que alimentam insetos
Ao chão

Faminta
Leio livros
Que não caibam
poesia

Desejo
Para poemizar a dor
Tecer democracia
Aliciada pelo mar que te levou

Hoje canto sim
Com o canto da boca
Por que o soar pode ser lido suor
Um suor que retrata a escravidão contemporânea

E ser escrava de mim mesma
Acorrentada pelas mãos e pensamentos
Por pensar como a minoria
É o que me faz revelar

Ou me soltem os cabelos ou voarão ao vento...