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domingo, 26 de abril de 2015

Quem?


por Dani Peneluppi

Soltou cabelo macio aos ombros. Avermelhou lábios após subir em saltos. Saiu, perfumando as passagens, pisando flores sem ao certo ter para onde, sendo primavera. Mulher presente. Desejo de flor em vento, por ela. Segui extintos. Surfa tempo. Deixa corpo decidir o espaço a ocupar no universo. Agora citadina noturna uiva como gata em onda estourada. Consciente sai… Linda-mente ela com ela, mesma, e ninguém mais. Esquece tudo: Revistas, filmes. Toma água. Profissao. Quilos a mais. Respira. Crianças em escolas. Políticos corruptos. Desencana. Os amores que viveu. As historias que comeu. Sai. Dobra a esquina e vai. Nunca mais volta. Nem uma, nem a outra.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Ela e o Mar!


O que vem depois das ondas? Ah, um mundão de água. E salgada. Por ele se vai longe. E Ela, com os seus grandes e brilhantes beija o horizonte, sente a brisa e concretiza, descobre o mar. Foi poema na tarde que se fazia azul.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ÁCIDAS AMÊNDOAS em: Feliz Natal


 por Dani Peneluppi – 16/10/2014- clipe



Rolou crise. Sorvete derretido. Botei fora as botas, mesmo ciente das vésperas de natal e de que minhas meias estavam furadas. Sim, novembro é Natal para quem precisa ler cartas, produzir brinquedos, embalar, botar fitas, entregar tudo isso para todas as crianças, em todos os buracos deste mundo e ainda estar "bem vestido", sem cheiro de suor. Ou você acredita que ser garoto propaganda, tirar fotos em lojas e corredores é simples? Hohoho, quer um pedaço de Panetone? Agora, entre nós, haja um saco bem grande para caber tudo isso. Ponha-se no meu lugar! Ah, se pegar o Cristo invertido que criou esta minha profissão ingrata de Papai Noel. Coloco o azarado de ponta cabeça na cruz e o sirvo a meia noite, na ceia dum asilo, no lugar do leitão. O espírito de Natal baixou em mim, não? Com direito a uma maçã enorme e muita calda adocicada na pururuca dele. Já imaginou que coisa doida eu sou? Todo vestido de pelos, veludo, plumas, bota, cinto de couro entregando presentes no calor escaldante de dezembro, por exemplo... No Vale do Paraíba? Por pouco não rodo a baiana no Brasil. Só dá o nariz da minha rena piscando no céu. Preciso de férias. Um ano sabático seria pouco. Mas nem por esse meu sorvetinho favorito de bolacha de maisena com cereja deixarei de me vingar. Decidido. Este ano não darei brinquedos, servirei as ceias de natal. Mostrarei o verdadeiro sentido dos hipnóticos pisca-piscas ligados de cada arvorezinha morta/viva/falsa, que seja. E amém, nada de trabalho voluntário às criancinhas fazendo bicos e caras de choro pedindo pirulitos. Ho ho ho, meu peru de Natal a todos. Agora Ele, o grande sistema... CAPITA? Terá que me engolir. Melhor, este ano ele será devorado... Vai aí um pedaço?

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A SAGA


por Daniella Peneluppi

Entre as linhas do céu, mar, contorno de montanhas e o horizonte brincam de existir pés, no litoral, a carimbar no tempo a passagem. Tecendo círculos em pequeno espaço azul as primeiras estrelas da noite surgem. E enquanto a água vai e vem, escorrendo pelos vãos dos dedos, a vida passa...  Tão sem sentido quanto às conchas descartadas pelas ondas, mas quente e intensa como o Atlântico. Perdidos em pensamentos os olhos fixos no balé do crepúsculo, em crise com a Lua, refletem esperança. E o corpo estático, na areia já gelada, sente o tamanho que é e o quanto ainda pode expandir. Já é hora de ser o que a consciência deseja, o previsível cansa, talvez assim você encontre mais sentido nas coisas. Por que devemos ser o que escolhemos um dia, lá atrás, como se fosse carma, uma condenação ao tédio eterno? Podemos mudar de opinião, as atitudes, sonhos, cheiros, gostos, trabalhos, até de vida, de amor, de cor. Mas parece que escolhas são como anéis em dedos e que passamos a precisar deles para segurar a vida, como se nos tornássemos Smeagols. E mais este conflito para derreter? Nem tudo o que reluz é ouro. Hum, interessante! Viu? Não posso apontar, dizem que dá verruga, mas por ali cruzou uma estrela cadente! Façamos um pedido. Faça o seu pedido... Não importa se não viu a estrela, ela acaba de passar, a vibração é o que importa. Já fez? Mas peça algo diferente, algo que nunca pediu antes... E os pés, afastando-se da praia, seguem em direção aos vaga-lumes. Adentram-se na mata dançando a valsa da noite densa e nunca mais são vistos em suas atividades cotidianas.


segunda-feira, 17 de março de 2014

Academia Joseense de Letras terá mais sete imortais a partir desta segunda



A Academia Joseense de Letras realiza nesta segunda-feira (17), às 19h30, a cerimônia de posse de sete novos acadêmicos. Com apoio da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), a solenidade será na Câmara Municipal (Rua Desembargador Francisco Murilo Pinto 330), na Vila Santa Luzia.

Fundada em 1980, a Academia Joseense de Letras tem 19 imortais, entre eles, pensadores, profissionais liberais, empresários, professores universitários e da rede pública municipal e personalidades representativas e atuantes na vida da nação e do município, todos eles escritores, como o ex-presidente da Embraer e ex-ministro Ozires Silva e o ex-desembargador Silvio Marques Neto.

Os sete novos acadêmicos também têm livros publicados e registrados na Biblioteca Nacional. São eles: Rodrigo Cabrera (escritor e advogado); Neide Pereira Pinto (escritora e editora); Leandro Reis (escritor e analista de sistemas); Daniella Peneluppi (escritora e atriz); Juliana Velonessi (escritora e educadora); Stefânia Andrade (escritora e educadora) e Hector Enrique Giana (escritor e bioquímico).

Para ser um acadêmico, é necessário ter livros publicados, residência em São José dos Campos há mais de cinco anos. Além disso, a escolha de um novo acadêmico depende da existência de cadeiras vagas e de um processo de escolha por meio de votação em Assembleia da Academia, convocada, especialmente, para esse fim. O número máximo de cadeiras, por mandato estatutário, é 30. Ainda haverá quatro vagas, a serem preenchidas.

A Academia Joseense de Letras tem desenvolvido trabalhos literários em parceria com a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, Secretaria de Educação e Vale Fantástico e também junto à rede pública e particular de ensino de São José dos Campos.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

a vOCÊ eU cONTO uM sEGREDO!

bYdANIpENELUPPI

Quero mais é sinestesia! Acordar todos os dias com o Sol ameno no rosto, cheiro de café na casa e meu amor ao lado. Sentir amada e amar... Poder errar e voltar atrás. Poder queimar o arroz de vez em quando, sabe! Comer Temake de madrugada. Sorrir a tristeza, cantar a natureza, dançar esperança e esquecer todas as injustiças. Quero ser sempre eu. Deixar você ser você e sermos assim felizes por dizermos nós somos diferentes. E sermos nós mesmo por isso! Ter orgulho das conquistas passadas. Comemorar sempre vitórias! Ver a lua nua e ficar azul! Sentir a chuva escorrer no corpo. Colorir os olhos com campos de girassóis! Escalar a  montanha mais alta e linda que encontrar. E saltar de pára-quedas para sentir a pele esticar. Fazer dez personagens, sozinha, numa peça de teatro! Ser terna sendo também fúria. Ser sua... E beijar todos os dias a sua boca... Doce... Tomar banho de Rio. Saltar de pedra em pedra. Escorregar morros de papelão e descer de skate ladeiras. Ver o Pôr-do-sol no banhado de São José dos Campos. Ser musa de pintores franceses. Dormir na barraca, acordar com um Sol quente e pular no Marzão de Ilha Bela. Quero ver as folhas verdes da Serra do Mar dançando nas copas. Farfalhar os sentidos... Preencher o vazio dos ouvidos... O buraco do coração. Despir as máscaras. Tomar a água da Mantiqueira. Caminhar nas praias de pedra em Nice bem lentamente, admirando o céu de mais belo azul que já contemplei em toda a minha vida andante! Comer pitanga no pé. Recordar minha prodigiosa infância. Quero voar! Embalar bem alto, em São Francisco Xavier, no pé da serra, a cima das nuvens, entre os pássaros, em meio a todos os pensamentos, numa balança! E ver a borboleta posando para beijar seus cabelos ao vento. Quero ser seu refúgio. Ser atriz. Ser bela. Ser Daniella. E Peneluppi. Ser Magalhães. E Itacaramby. Boa filha. Tia. Boa irmã. Quem sabe boa mãe... Boa avó... Bisa... E não quero cobrar nada de ninguém. Nem que o tempo não toque minha face! Nem provar que viver é bom. Muito menos cobrar que entendam a mim! Que ache que sou legal. Talvez consiga... Quem sabe, assoprar sua alma. Talvez nunca ninguém entenda minhas necessidades... Nem você. E nunca me compreenda... Nem minhas vontades... O que para mim significa felicidade pode parecer natural... Não quero esperar nada desta vida. Nem que entendam tudo o que está escrito aqui, agora. Só quero cobrar que, ao menos, sejam intensos e verdadeiros em vivê-la intensamente, a vida. Poesia pura. Quero que parem de julgar o que lhes parece intocável! Minha mãe já dizia que tudo o que acreditarmos existe ou existirá... Cuidado com seus pensamentos! Porque é o presente único, a poética do ser, que me faz ser eu, e não,... Você! Sei que é isso tudo o que temos, fazemos e somos. E quero para sempre a minha autenticidade! Um universo de possibilidades formidáveis. Milhões de sorrisos em milésimos de segundo... E quero fazer você sempre feliz e assim ser, sem necessidade de rima, mas apenas existindo!